
Se o Puma por um lado foi cultuado e admirado no Brasil e no mundo. Diferente não foi com o VW Karmann Ghia. Guardando-se as devidas proporções, o KG foi, o que se poderia dizer o maior inimigo que o puma teve, mas a maior ironia foi que, apesar de inimigos mortais, cedia a mecânica e plataforma (chassi), portanto foi seu maior irmão.
Isso mesmo. Até 1976 (1.ª série), nas versões denominadas tubarão, os chassi, e conjunto mecânico eram do KG. E esta história de amor e ódio iniciou-se em 1968, com o lançamento do VW Puma GT 1500. O KG também teve versões raríssimas, como nosso querido Puma. Em 1965, saiu, no Brasil o famoso "saia e blusa". Em 1968 (conheço um conversível 1967, apesar das propagandas terem se iniciado em final 1968) foi lançada a versão conversível, que nas propagandas de época a VW chamava erroneamente de "roadster". Foram raríssimos, sendo produzidos não mais que 177 carros e hoje são disputados "a tapas", com preço beirando os seis dígitos, preço de porsche original.
O mais curioso é que, apesar de vendido em todo mundo, somente foi fabricado na Alemanha e aqui na Terra Pátria (São Paulo, pela Karmann Ghia do Brasil).
O KG foi a junção do que de melhor existe no mundo, o desenho, estilo italiano e a mecânica alemã. Nenhum carro pode ser tão perfeito quanto ele, afinal era o "supra-sumo" do que há de melhor. Os carrozzieres italianos, deram-lhe a forma, a alma, e os alemães lhe deram a máquina, o rugido, a vida, o coração.
Particularmente gosto mais das versões anteriores a 1970, e de teto duro, fechadas, ou "bolinha", em especial das do ano 1969, pois trata-se de um ano "mais exclusivo". Explico. O KG quase sempre utilizava os componentes do seu irmão mais pobre (fusca), e em 1969, teve alguns itens exclusivos, rodas, volantes, etc.
Este teste é do modelo 1970, ano em que sofreu severas alterações.
Dentre elas, inclusão de ventarolas (quebra-ventos, aliás, únicos no mundo), para-choques de lâminas, perdeu os famosos "puleiros" ou "goleiras", como dizem lá no sul. Passou a usar a mecânica da "perua" Variant, com freio a disco na dianteira, suspensão com "pivô", ao invés de "embuchamento" e motor 1600 (em 67/69 eram 1500, os mesmos cedidos aos VW Puma).
Ficou menos carismático e teve a bitola traseira enlarguecida, alterando dessa forma seu desenho fluído e esguio. Enfim, ficou mais "gordo", eu diria obeso... hehehehehe.
Tenho mais alguns testes, que postarei oportunamente.
Reportagem extraída da revista quatrorodas.
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